Oficina Corporeidade e a Cena no Teatro de Rua rompe com formato tradicional do Teatro
Intervenção prática da oficina Corporeidade e a Cena no Teatro de Rua, praça da Paz. Foto: Adriano Lima
O laboratório proporcionou aos participantes um espaço de investigação das singularidades do seu corpo em sua relação espaço urbano-ator-público
A oficina Corporeidade e a Cena no Teatro de Rua faz parte do projeto de pesquisa continuada intitulado "Abre a roda: Corpo e Cena no Teatro de Rua" com incentivo do Funcultura e aconteceu na sede da Capoeira Lua de São Jorge, Cidade Tabajara (Olinda). O laboratório proporcionou aos participantes um espaço de investigação das singularidades do seu corpo em sua relação espaço urbano-ator-público, abrangendo possibilidades de expressão, movimento e ação cênica, ou seja, cada ator e atriz descortinou e potencializou suas singularidades para atuação na rua.
Entre os conteúdos trabalhados: jogos e treinos a partir de brinquedos populares, lateralidade e circularidade do corpo e voz no Teatro de rua, foram também construídas pequenas cenas culminando com uma experimentação prática, na rua, mais precisamente na Praça da Paz, também em Cidade Tabajara.
Intervenções práticas da oficina Corporeidade e a Cena no Teatro de Ruana praça da Paz. Foto: Adriano Lima
Krys Cipriano, 31 anos, é Palhaça e Atriz, trabalha com arte há três anos, ressalta a importância de vivências como esta para construção o fortalecimento do Teatro, sobretudo o Teatro de Rua.
“ É muito importante que os grupos, como a Trupe Circuluz fez, abram suas portas para outros atores e suas companhias, pois além de possibilitar essa troca de saberes ainda nos mostra que não é preciso ter medo da rua, que um ator que trabalha em teatro também pode, com a devida formação, trabalhar na rua”, afirma a artista.
Para o ator, poeta e produtor cultural, Rômulo Ramos, 34 anos reforça o rompimento do teatro de rua descortina o teatro tradicional.
“Teatro de rua é descoberta. Descoberta do eu, do tu, de nós. Uma descoberta de de experiências sensoriais diversas, de cultura popular intrínseca no corpo do artista popular e do experimento dessa raiz que finca a cena do teatro de rua. Um teatro que rompe esse corpo tradicional do teatro burguês, do teatro de caixa e trazer uma nova corporeidade através da cultura popular foi de uma grande relevância para minha experiência como ator”, destaca o Ator.
Projeto " Abre a roda: Corpo e Cena no Teatro de Rua"
O projeto de pesquisa continuada “Abre a roda: Corpo e Cena no Teatro de Rua” está promovendo ações de formação, experimentação, teorias e práticas sobre o corpo e espaço cênico, dando continuidade à pesquisa iniciada em 2016 “Ator em situação de Rua”. A pesquisa atual está sendo conduzida pelos atores: Raquel Franco, Marília Vilas Boas, Iure Lira, Janilson Puran e Lucas Átila, tem o objetivo de refletir sobre as experimentações, teorias e práticas através da realização de 04 oficinas, 03 intervenções, 04 rodas de conversa e debates, assim contribuir com a formação e capacitação para fortalecimento das produções do Teatro de Rua em Pernambuco. O projeto é realizado pela Trupe Circuluz com o incentivo do Funcultura.
